Sexta-feira é já amanhã e não sei
se terei texto para publicar no blogue. Ontem tirei um dia de férias, o que
poderia querer dizer que tive muito tempo livre, para descansar, para adiantar mais
uns capítulos do livro que ando a ler, para escrever um ou mais textos ou
simplesmente para estar recostada no sofá a dormitar ou a visionar um dos
muitos filmes em lista de espera…mas não!
Em primeiro lugar desengane-se
quem pensa que dia de férias significa ficar a dormir até mais tarde. Acordei à
mesma hora de sempre, o que, apesar do sono crónico, não me desagradou
completamente pois assim teria possibilidade de fazer muito mais coisas, ou
simplesmente teria muito mais tempo para gozar o facto de não fazer
absolutamente nada. Além disso queria ir nadar antes de me recostar
descontraidamente a beber o primeiro café do dia. Já que tinha planos tão bons para
o dia, o melhor mesmo foi acordar cedo e levar, de carro, como habitualmente,
os miúdos às respetivas escolas. Depois da ronda diária pelos estabelecimentos de
ensino voltei a casa e preparei a mochila para a piscina que só abriria daí a
meia hora.
Os 50 minutos que passei dentro
de água foram efetivamente revigorantes! Isso sim é aproveitar bem o dia de
folga! A piscina estava por minha conta, o sol entrava pelos janelões e
refletia nas paredes os reflexos tremeluzentes da água e a sua luz no fundo da
piscina, iluminando num azul cristalino todo o volume de água. Num misto de
relaxamento e cansaço, daquele cansaço bom que nos faz sentir vivos e
poderosos, saí verdadeiramente feliz da piscina.
Em casa, esganada que já estava
com fome, apressei-me a barrar com manteiga o pão de sementes que destinara
para acompanhar o café longo. Deixei-me apreciar e saborear o momento. Com o
estômago mais apaziguado e já com cafeína a correr nas veias sentei-me no sofá,
finalmente! Entre a leitura do livro e espreitadelas no telemóvel o tempo foi
passando. Uma vez que estava em casa, a pretexto do aniversário do meu filho, e
já que era dia de não haver aulas da parte da tarde, não fazia sentido não ir
almoçar com ele e com a irmã na sua pizaria preferida. A manhã passou num
instante e, analisando-a bem, quase nem deu para aquecer o sofá nem para
avançar muito no livro.
Voltei a pegar no carro e fui buscar
a mais nova à escola, enquanto, conforme previamente combinado, o mais velho
foi ter à pizaria. Estacionei e entrámos na pizaria que estava cheia. Devia ter
reservado! Ainda nos conseguiram disponibilizar uma mesita de recurso e pudemos
apreciar as maravilhosas pizas…Isto quem comeu piza. Motivada pela manhã de
natação resolvi escolher uma lasanha de legumes, por certo uma opção mais
saudável que a piza, pensava eu…
Terminada a refeição, finalizada
com um café para desenjoar do exagerado molho da lasanha, voltámos ao carro e
lá fui, novamente, levar a mais nova à escola pois, apesar de não ter aulas, tinha
ensaio do coro. Eu e o mais velho voltámos para casa…mas por pouco tempo. Nem
uma hora estivemos em casa e tive de pegar no carro para o levar ao treino. É
verdade que nos outros dias ele vai a pé, aquela meia hora a subir até ao
estádio, mas ontem era aniversariante, o que deverá implicar ter algumas
regalias, além disso eu estava em casa, supostamente por ele.
Levei-o ao treino e voltei para
casa. Sentei-me ao computador mas não comecei logo a escrever. Entre ler as
notícias, saber das novidades, fazer umas publicações de estado na rede social
favorita e tentar avançar de nível no Mahjong, o que não consegui, passou menos
de uma hora. Ainda tentei inspiração para escrever, mas ela não apareceu. De
todo o modo não teria conseguido escrever nada porque o telefone tocou, sendo a
minha filha a pedir, já que estava em casa, disponível (!), para a ir buscar à
escola e levar para casa para fazer um trabalho. Pequei novamente no carro e
voltei, mais uma vez, à escola. Levei-a a casa mas só entrei para ir buscar os
sumos que levaria para o lanche da equipa do aniversariante.
Entrei mais uma vez no carro e
antes de me dirigir ao estádio passei na pastelaria para levantar o bolo de
aniversário encomendado. Chegada finalmente ao estádio ainda decorria o treino.
Esperei pelo fim do treino e das praxes ao aniversariante e entrei com os
miúdos, diretora e treinadores da equipa, no balneário onde seriam cantados os
parabéns, em moldavo…tradição enraizada na equipa desde que o Nikita fez anos.
Acreditem quando vos digo que comer bolo num balneário não é das experiências
gastronómicas mais apelativas, apesar do bolo ser maravilho, no entanto os
rapazes, indiferentes ao cheiro, atacaram o bolo e os sumos como abutres à
volta da carcaça de um animal putrificado (sim, esta é a analogia correta,
considerando o odor, não do bolo, mas do espaço).
Voltámos para casa, sem sequer
uma amostrazita de bolo para a irmã e pai do aniversariante, tal a voracidade
dos atletas. Foi o tempo de nos arranjarmos e saímos de novo para jantar.
Peguei no carro e consegui estacionar perto do restaurante. O jantar correu
muito bem, animado, descontraído e com comida maravilhosa num ambiente muito
agradável. Já tarde conduzi de volta a casa. Como é compreensível não seria
àquela hora que iria escrever o texto para publicar no blogue, afinal não parei
o dia inteiro, só queria deitar-me e enfim descansar!
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