Buraco negro




Há alturas em que te sentes a afundar, sentes que vais bater no fundo e tens medo de não conseguir sair desse buraco negro onde lentamente te afundas. Tens noção que há uma força que te empurra para baixo, mais para o fundo, e precisas desesperadamente de algo ou alguém que te puxe para cima. Mas os dias teimam em repetir-se e continuas a escorregar.

Até que um dia percebes que bateste mesmo no fundo, mas incrível e inesperadamente voltaste para cima pois o chão onde caíste é o trampolim que foste construindo com a tua alegria, a tua força, a tua fé, os teus sucessos, as amizades que soubeste alimentar, o amor que sempre recebeste e incondicionalmente retribuíste.

Quando temos a felicidade de nascer e crescer numa família onde o amor, os valores, a fé, o respeito e o exemplo são presença constante e base da educação, recebemos as ferramentas para irmos construindo, em conjunto, uma rede invisível e muitas vezes impercetível que nos mantém unidos a fortes alicerces e que nos amparará em caso de queda.

Não vi nem senti o trampolim que me fez elevar e sair do estado negativo em que me encontrava, a rede que me amparou a queda, a mão que me puxou para cima, mas senti o resultado da sua subtil, mas imprescindível ação.

Uma vez cá em cima é tempo de afinar o trampolim, remendar a rede, agradecer a mão, alimentar amores, amizades e alegrias, fortalecer a força e a fé e VIVER!

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